A partida encerrou o sonho dos eslovacos, animados depois de mandarem a atual campeã, a Itália, de volta para casa na primeira fase. Os azarões deixam o Mundial com uma imagem positiva. Nesta segunda, eles encararam a Holanda de frente e tiveram chances claras para empatar a partida no segundo tempo.
A Holanda duelará com Brasil ou Chile na próxima sexta-feira. O jogo será em Porto Elizabeth, às 11h (de Brasília).
Senhoras e senhores, Robben está de volta
Cada dia de recuperação, cada careta de dor, cada unha roída de ansiedade: tudo foi resumido em um segundo para Arjen Robben. Naquele segundo (um pouco mais, um pouco menos) que a bola demorou para sair do pé de Sneijder, genial, e atravessar o campo, Robben deve ter lembrado de tudo. Quando ele pegou a jabulani pela direita, de frente para dois marcadores, puxou para o meio e deixou Durica e Zabavnik perdidos, deve ter lembrado das dúvidas, dos temores, do risco de ver uma lesão no coxa tirá-lo da Copa do Mundo. E aí Robben chutou: no canto, matemático, no contrapé do goleiro Mucha, no único espaço que o adversário não poderia alcançar. O encontro da bola com a rede, com o atacante já correndo para dar liberdade à alegria trancada no corpo, foi um aviso: senhoras e senhores, Arjen Robben está de volta.
Robben não jogou contra a Dinamarca. Também não enfrentou o Japão. Diante de Camarões, só foi a campo por 20 minutos. Estava sendo guardado a sete chaves para a hora do “vamos ver”. E a Eslováquia viu. É difícil se colocar no lugar dos zagueirões eslovacos: olham para um lado, vêem o Kuyt; olham para o outro, aparece Robben; olham para a frente, surge o Van Persie; na armação, mais atrás, Sneijder. É de arrepiar.