sexta-feira, 25 de junho de 2010

Agricultor é preso por estuprar enteada de 10 anos

Um agricultor de 44 anos foi preso em Ceará-Mirim, município da Grande Natal, acusado de estuprar a própria enteada, uma menina de apenas 10 anos que sofre de problemas mentais. A mãe da vítima denunciou o marido na terça-feira. No mesmo dia a criança foi encaminhada ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP), o exame de conjunção carnal foi realizado e comprovou que ela havia sido violentada. Na tarde de ontem o acusado foi preso em casa e confessou o crime.


Quarto da menina violentada pelo padastro: a família morava no assentamento Canudos, em Ceará-Mirim Foto: Daiane Nunes/DN/D.A Press
O acusado vivia com a esposa e mais três filhas dela de 10, 13 e 14 anos em uma casa no assentamento Canudos há mais de dez anos. Segundo a mãe da menina, o marido era um homem "muito ignorante" e muitas vezes agressivo. No fim do mês de maio a filha de 10 anos começou a apresentar um comportamento estranho, principalmente quando o padrasto se aproximava dela. Suspeitando que algo errado estava acontecendo a mãe examinou a vagina da criança e percebeu uma vermelhidão anormal.

"Eu perguntei o que tinha acontecido e ela contou. Eu fiquei perdida, sem saber o que fazer", disse a mãe que é auxiliar de serviços gerais de uma escola do município e deixava as crianças em casa com o marido enquanto trabalhava. Ela acredita que o agricultor se aproveitou de um desses momentos em que ela não estava em casa para abusar da filha mais nova. "Ele mandava as mais velhas saírem para comprar carne, comida, estava sempre inventando alguma coisa para as meninas saírem de casa e ele ficar sozinha com a pequena", relatou a mãe.

Ela pediu às filhas mais velhas que não deixassem mais a pequena sozinha com o padrasto e conversou com as três meninas para manter o segredo entre elas enquanto resolvia que atitude tomar. "Se eu falasse pra ele que sabia o que tinha acontecido ele podia tentar fazer alguma coisa contra mim ou minhas filhas", disse. No dia 16 de junho ela decidiu sair de casa com as filhas, disse para o marido que queria se separar por não gostar mais dele e foi para Punaúonde tem familiares. "Eu já estava decidida a denunciá-lo e como minha família me apoiou eu procurei a polícia".