Quarto da menina violentada pelo padastro: a família morava no assentamento Canudos, em Ceará-Mirim Foto: Daiane Nunes/DN/D.A Press |
"Eu perguntei o que tinha acontecido e ela contou. Eu fiquei perdida, sem saber o que fazer", disse a mãe que é auxiliar de serviços gerais de uma escola do município e deixava as crianças em casa com o marido enquanto trabalhava. Ela acredita que o agricultor se aproveitou de um desses momentos em que ela não estava em casa para abusar da filha mais nova. "Ele mandava as mais velhas saírem para comprar carne, comida, estava sempre inventando alguma coisa para as meninas saírem de casa e ele ficar sozinha com a pequena", relatou a mãe.
Ela pediu às filhas mais velhas que não deixassem mais a pequena sozinha com o padrasto e conversou com as três meninas para manter o segredo entre elas enquanto resolvia que atitude tomar. "Se eu falasse pra ele que sabia o que tinha acontecido ele podia tentar fazer alguma coisa contra mim ou minhas filhas", disse. No dia 16 de junho ela decidiu sair de casa com as filhas, disse para o marido que queria se separar por não gostar mais dele e foi para Punaúonde tem familiares. "Eu já estava decidida a denunciá-lo e como minha família me apoiou eu procurei a polícia".